“A Educação é a base de tudo, e a Cultura a base da Educação”

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

- Histórias do Rádio blumenauense

Texto enviado pelo escritor e jornalista Carlos Braga Mueller

HISTÓRIAS DO RÁDIO BLUMENAUENSE 
Desde os tempos em que começou a operar oficialmente, em março de 1936, a PRC-4 Rádio Clube de Blumenau primava em oferecer uma programação cultural, incluindo, também,  o primeiro programa falado em alemão.
Na mesma época estavam sendo criadas no Brasil células do NSDAP - Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, fundado por Adolf Hitler, que ficou mais conhecido como "partido nazista".  

A INFLUÊNCIA DA ALEMANHA NO RÁDIO EM BLUMENAU 
Em 1933, quando Hitler assumiu o poder na Alemanha, os núcleos hitleristas foram radicalmente transformados, passando a constituir círculos, grupos, pontos de apoio, blocos e células da "Organização do Exterior" do NSDAP. 
Em Blumenau a célula foi instalada e funcionava com grande número de adeptos, que desfilavam pelas ruas da cidade portando bandeiras do partido estampadas com a cruz gamada, a suástica.
O NSDAP promovia a vinda a Blumenau de artistas alemães de alto nível, inclusive da Ópera de Berlim, que se apresentavam no Cine Busch.
Hitler estava conquistando a simpatia de grande parte das nações, inclusive do Brasil. E as colônias alemãs de Brasil e Argentina estavam entre as prediletas do líder nazista.

Os líderes políticos da Alemanha reconheciam a grande importância do rádio como meio de comunicação, e por isso pediam que nos países amigos as células formassem "grupos de escuta", chamando a atenção para as irradiações da emissora alemã em ondas curtas de Berlim, cujos noticiários deveriam ser sistematicamente divulgados.
A histeria do partido nazista era tão grande que recomendações especiais foram expedidas  para que os alemães e seus descendentes só adquirissem aparelhos de rádio de fabricação alemã, porque, diziam eles, "a palavra do "fuehrer" só deveria ser escutada num rádio alemão" ! 


De olho nos programas de rádio, as células nazistas do sul do Brasil logo se aproximaram das rádios que estavam ao seu alcance, conquistando valiosos espaços nas programações para difundir as ideias nazistas. 
Isto aconteceu em Porto Alegre, com a Rádio Farroupilha, e em Blumenau com a PRC-4 Rádio Clube. 
Em uma "circular reservada" datada de 26 de janeiro de 1936, o encarregado de Rádio da célula nazista de Blumenau comunica aos dirigentes do partido no município que a Rádio Farroupilha de Porto Alegre está irradiando todas as semanas um programa de 15 minutos elaborado pelo partido (Circulo V), e pede que todos escrevam para aquela rádio elogiando o programa.

Em outro tópico da circular lá está à preocupação pelo programa de rádio em Blumenau: 

“Aproveito a oportunidade para comunicar haver chegado o reforço da emissora de Blumenau, “Rádio Clube de Blumenau”, “P.R.C.4 - Rádio Cultura”, com seu estúdio à Travessa Aymoré, e sua construção estará terminada no máximo dentro de um mês”. Como nessa estação, por parte do NSDAP também é irradiada uma "hora alemã", solicito aos grupos, depois de executados os reforços, escrever no mesmo sentido que no indicado para a Rádio Farroupilha.
Nossas irradiações terão lugar duas vezes semanalmente, nas 2as e 5as-feiras, das 21:00 às 22:15 horas, somente em língua alemã.
Tão logo esteja terminado o reforço farei uma breve comunicação, pois que então nossa estação será escutada bem em toda parte.
“Peço também a remessa de relatórios mensais regularmente, com opiniões e críticas dos programas.”


Por esta correspondência, deduz-se que em 19 de março de 1936, quando houve a inauguração oficial da PRC-4, o programa do partido nazista já fazia parte da programação.
A Travessa Aymoré hoje é a Rua Capitão Euclides de Castro, no centro de Blumenau.
Não era proibida a transmissão do programa do partido, mesmo porque Brasil e Alemanha tinham excelentes relações diplomáticas naqueles tempos.
Mas em 18 de abril de 1938, com a decretação do "Estado Novo", o presidente Getúlio Vargas proibiu aos estrangeiros atividades políticas no país.
Por isso, o governo brasileiro tomou providências em relação ao programa em língua alemã da PRC-4.
Ele foi obrigado a ser transmitido em português (sob censura), focando exclusivamente a área cultural, e quando o Brasil entrou na guerra, foi extinto. 
Fontes:
O Nazismo em Santa Catarina - Capitão Antônio de Lara Ribas (no Livro "O Punhal Nazista no Coração do Brasil");
Blumenau, arte, cultura e as histórias de sua gente - Edith Kormann  

terça-feira, 20 de agosto de 2013

- As Freiras do Grupo Escolar São José

Apresentamos hoje parte da história de muita gente do Grande Garcia em especial das Ruas Amazonas e transversais, Progresso e transversais, Rua da Glória e transversais.
Eram Irmãs da Providência de Gap (Gap é um lugar da França onde a congregação foi fundada). Fundada pelo Beato João Martinho.Que fazia letras e músicas belíssimas, que a escritora e historiadora Urda Alice Klueger nos relembra:
Eu sei cantá-las, mas não sei o nome.
Uma era assim:
"Beato pai João Martinho
Filho dileto do eterno pai
ilustre defensor de Jesus Cristo
Chama ardente que o Espírito Santo acendeu
Rogai por nós! Rogai por nós!"
Outra a do Pentiévre (Pentievre era o nome do navio em que ele viajou para a China): 
"Vai Pentiévre
Mas anda bem de mansinho
És bem feliz!
Pois levas o João Martinho!
Vai navegando devagarinho
Nas grandes ondas do alto mar
Pois João Martinho está com pressa
Pra religião ensinar. 
Os chinesinhos estão sem batismo
As jovenzinhas não tem religião
A maioria do povo é pagão
Mas tem um bom coração!"
Da esquerda pra direita, começando do primeiro degrau, ou seja, de baixo para cima.
Nomes das Irmãs que trabalhavam no Garcia e Apiúna na visita da Superiora Madre Maria Elizabeth no ano 1960.
1ª fila: Irmã Maria Dora (com as mãos dentro da manga) Irmã Maria Artêmia (sem óculos) Irmã Maria Hilária (com óculos) Irmã Maria do Pilar (com óculos) Irmã Maria Ludovina (que é natural de Apiúna) e Irmã Maria Joelma (que deixou o Convento)
2a fila: Irmã Maria Ignácia (com óculos) Irmã Maria de Fátima (sem óculos) Irmã Maria Rosina Irmã Maria Trindade, Irmã Maria da Paixão Irmã Maria Josélia (com óculos e que deixou o Convento) e Irmã Maria Simone.
3a fila: Irmã Maria Benigna, Irmã Maria do Rosário (com óculos) Irmã Isabel Maria (com óculos e no alto) Madre Maria Elizabeth (bem no meio) Irmã Maria Conceição (sem óculos e alta) Irmã Conceição que depois adotou o nome de Marina Resende, falecida dia 28/07/2013 com 86 anos, em Itajubá - Minas Gerais.  Irmã Maria São Mauro e Irmã Maria Caridade (com óculos) As que estavam em Apiúna no Grupo Escolar São João Bosco: Benigna, Isabel Maria, São Mauro, Caridade, Trindade, Maria de Fátima, Artêmia, Hilária. 
Já falecidas: Irmãs Conceição, São Mauro, Benigna, Trindade, Hilária, Madre Elizabeth. 
As Irmãs dizem que foi o melhor tempo da vida delas, o tempo de Garcia e do que passaram no Sul e que o povo as queria um bem enorme. Irmã Mercedes Darós (natural do Apiúna).
Colaboração Guiomar Daros Peixe e Mercedes Daros Peixe
Imagem Orlando de Oliveira e Edite de Oliveira Buerger 

Grupo Escolar São José da Rua da Glória,888 bairro Glória - pátio. Final dos anos de 1950.
Hora da Merenda Nessa foto eu (Adalberto Day) apareço bem a frente com a caneca semi levantada, parcialmente encoberto pelo braço da merendeira. Olhar atento ao aluno que fura a fila, característica que me acompanha até os dias atuais quando vejo corrupção, desordem, “Levar vantagem”, injustiças sociais. 
Imagem Orlando de Oliveira e Edite de Oliveira Buerger

Pelotão de saúde e Biblioteca
Atriz Letícia Sabatella com a Irmã Adalgisa.Imagem  Antonio Carvalho.
D. Silvéria (Irmã Adalgisa) na nossa praça principal de Itajubá M.G. Imagem Antonio Carvalho.
D. Silvéria (Irmã Adalgisa) Faleceu em 20 de maio de 2018  A outra, em pé, é irmã dela, Luíza. Está havendo uma pequena feira de produtos artesanais, voltada pra filantropia. O que se vê na pequena bancada é acessórios feitos pelas duas. O que me levou ali e a conhecer a D. Silvéria, foi exatamente o tipo de xale artesanal, do modelo à direita, em tom verde. Ele é feito de minúsculas “continha” de tecido, sei lá se é isso mesmo, e linha. A D. Silvéria (Irmã Adalgisa) faz esses xales na ponte de agulha de tricô.
Voltando à D. Silvéria (Irmã Adalgisa), é duma doçura sem igual. É a imagem de uma avó perfeita, não é mesmo? Como não construiu família própria. Carrega no pescoço, como escapulário, fotos de dois netos da irmã.  Imagem Antonio Carvalho.
História:
Imagem Adalberto Day
Escola de Educação Básica Governador Celso Ramos,rua da Glória,888 foi fundada em 14 de fevereiro de 1929, com o nome de Escola Paroquial São José (servia de Capela pela comunidade – com sede inicialmente na Rua Belo Horizonte, em propriedades da família de Carlos Loos). Depois na frente da atual Igreja Nossa Senhora da Glória e em 1947 atrás da mesma. No atual local na década de 1950.
Professora Júlia
A primeira comissão formada para a construção da escola e a igreja era formada por Henrique Heiden, Carlos Loos, Roepcke, Gustavo Weinrich. Compraram o terreno da família Schatz (antes o terreno era da família Sasse). Todos com exceção de José Schatz doaram o terreno, que chegou a estar em mãos da professora Júlia Straskowsky. Antes dessa negociação do terreno, cogitou-se a construção de um cinema e de um hotel” (depoimento do sr. Nicolau Schtaz em 2002). O primeiro Presidente da escola foi Paulo Schatz, vice-presidente Carlos Loos e o primeiro secretário Nicolau Schatz. Quem sugeriu o nome da igreja e ajudou a fundá-la foi o frei Beda Koch, já na segunda comissão presidida pelo Sr. Rafael Rosini. 
- Em meados de 1951, a Escola já contava com mais de 500 alunos. - Em 1953, uma nova comissão em prol da ampliação da Escola foi formada, comandada pelo Frei Raul Bunn. - - -- - Em 1957, a Escola que era particular foi transformada em Grupo Escolar São José, por decreto do então governador Jorge Lacerda. - Em 1966 foi introduzido o antigo Ginásio, com o nome de Colégio Governador Celso Ramos.
- Em 31 de março de 1971, com a implantação do novo plano estadual de educação, a Escola foi transformada em Escola Básica Governador Celso Ramos. 
- Em 1974, houve a fusão do Grupo Escolar São José com a Escola Básica Governador Celso Ramos.
- Em 1976 houve a implantação do 2º grau e a Escola passou a ser denominado Conjunto Educacional Governador Celso Ramos. Essas terras onde estão o colégio foram adquiridas da família Schatz , pela comunidade de todos os credos, mas por indução do Frei Raul Bunn, a comissão comandada pelo Sr. Rudolfo Papst passou a emprestar o nome da Igreja como proprietária que iria assegurar em nome da comunidade. Lamentavelmente em agosto de 2002, o Bispo diocesano da catedral São Paulo Apostolo de Blumenau através da MITRA, vendeu ao governo do Estado o Colégio que foi construído pela comunidade sem distinção religiosa. Um ato que revoltou toda uma comunidade, de uma atitude prepotente, e sem fundamentação histórica. A comunidade no geral não foi consultada, apenas alguns lideres que não aceitaram a venda, gerando discussões em Rádios e Jornais.
- Esse colégio foi o esforço de toda uma comunidade, ainda quando a Rua da Glória era conhecido com o nome de Spectife (palavra de origem alemã que quer dizer terra gordurosa ou lamacenta – barro vermelho) e foi nessas terras lamacentas que a comunidade do grande Garcia independente de credo, política, e pessoas representativas do bairro, como o Sr. Rudolfo Papst, Orlando de Oliveira, Francisco de Oliveira, João Heiden, José Klein Jr., Júlio Corsini, Antonio Tillmann, Nelson Salles de Oliveira, José de Oliveira, posteriormente Frei João Maria e o Padre Virtulino que introduziu o segundo grau e tantos outros que poderíamos nominar, levantaram tijolos por tijolos deste grande Educandário. Quero aqui relatar que dentro do direito judicial a venda do educandário foi efetuada dentro da legalidade, porém nem tudo que é moral é ético, e foi isso que foi ignorado.
Quando falamos que foi a comunidade que construiu, foram de todos os credos, inclusive os céticos, maçônicos espíritas e ateus, o que eles queriam era uma escola. 
Colaboração Urda Alice Klueger/Guiomar Daros Peixe e Mercedes Daros Peixe
Arquivo: Orlando de Oliveira/ Edite de Oliveira Buerger/ Antonio Carvalho/Adalberto Day 
Para saber a história da Escola São José acesse:

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

- Saudades

Saudade palavra triste quando se perde um grande Amor...meu primeiro Amor foi como uma flor que desabrochou e logo morreu”...
Tenho saudades do tempo que o tempo era outro de romantismo, de confiança no ser, e não no ter. Saudades quando humano era humano, saudades da vila, das casas, da troca de gibis, jogar bilboquê, Kilica (Bolinha de gude). pião no meio da rua, banhar-se em um ribeirão sem poluição, do Tapume, da Churrascaria do Zé Silvino.
Saudades do Majestoso Hotel Holetz em Blumenau.
Centro Histórico
Do centro histórico, da igrejinha São Paulo Apóstolo, tudo descaracterizado pelos insensatos donos do poder. Saudades quando o professor era valorizado, respeitado, até as autoridades...
Saudades dos natais e do São Nicolau, do bombeiro, meu amigo e querido pai.
Lançadeira
Saudades da cuca da Oma, do tear ao ruído das lançadeiras...Tec...tec...tec...tec, da sirene para alertar a entrada dos colaboradores da E.I. Garcia, das pescarias, das piavas e carás.
Saudades do clube 12 e do bairro, o Anilado Amazonas, 
do seu magnifico e belo estádio que foi aterrado impiedosamente pelo “progresso” ou da covardia de alguns dirigentes da Artex. 
Imagem: Willi Sievert
Saudades do Apito do Trem conduzido pela Macuca, que os “futuristas” destruíram em 1971. Saudades dos amigos, das primas que hoje...deixa pra lá. Saudades de apanhar no galho as goiabas, tangerina, araçás, pitangas, das festas Juninas de São João e São Pedro e desfiles pelas ruas, da fogueira, da pipoca, pinhão, quentão e premiação. Saudades do "desfile do papai Noel do agaême".
Saudades do antigo colégio Luiz Delfino e São José, do cavalo Petiço, do Cavalinho Branco, da antiga Ponte Preta, do Sr. Russo e da Rua 12.
Saudades do Cine Garcia, Busch, Blumenau. e Cine Mogk
Saudades das janelas abertas e portas destravadas, saudades quando o pinico não era o prédio do congresso, e da esplanada. Saudades de quando se fazia por amor, jogar futebol, trabalhos comunitários, vereadores, hoje tudo interesses econômicos, Saudades quando vermelho era cor do sangue do brio e não da ideologia... Saudades quando o homem não tinha vergonha de ser honesto e virtude era dever não obrigação.
Saudades da palavra, da honra da simplicidade, da humildade, das estrelas cadentes, do luar e do sertão. Saudades da gruta Nossa Senhora da Glória, saudades da Marcha do Esporte comandada por Tesoura Jr. Na Prc4 Rádio Clube de Blumenau. Saudades do “Pick-up da frigideira ( Rádio Clube (Nereu) “A vida com alegria é outra coisa” apresentado por Nelson Rosembrock) do Programa Preto no Branco comandada pelo Lazinho, A Hora do Rei, Bandas e bandinhas, do repórter Catarinense e Esso. Saudades do Olímpico campeão, Guarani, Vasto Verde e Palmeiras, Saudades do galo Rodolfo Sestrem “Tempo e Placar no Dêba”, Só porque hoje é sábado, Blu é uma parada. Saudades da confeitaria Tonjes, da TV Coligadas Canal 3  das Lojas HM – Hermes Macedo e Prosdócimo.
Saudades das pandorgas/pipas que eram confeccionadas e soltas pelo Tio Alberto no morro do doze.
Saudades da saudade, mas que o amor ainda existe.
Na realidade saudades e orgulho de ter vivenciado tudo isso...
Adendo José Geraldo Reis Pfau:
Saudade é uma palavra única e só nos temos. 
A palavra Saudade e certamente com ela, o sentimento. 
Saudade....
de Jogar bola de todas as maneiras e em qualquer lugar;
de onde toda grama era um campinho de futebol;
da facilidade na escalação do time - os com camisa x sem camisa;
de obedecer a mãe e ir todo responsável buscar alguma compra na venda da esquina;
do procurar os mais velhos, falar com quem conhece para consertar;
do período de férias nas aulas;
do receio de ir buscar a bola que caiu no terreno do vizinho;
do orgulho de ir com o pai no jogo de futebol ao domingo;
de descer o morro de bicicleta;
de andar de carro sentado na janela com vento no rosto;
de fabricar o próprio carrinho de lata e arame;
de imitar o ronco dos motores de carros;
de exibir o primeiro relógio de pulso;
de ganhar a camisa do time preferido;
de ir na igreja e do almoço especial no domingo;
do primeiro baile, a primeira festinha;
de mãe dizer quem brinca com fósforo faz xixi na cama;
de rezar na igreja olhando a leitura labial da mãe para não errar;
de ir a praia, tomar banho de mar e furar ondas;
da conversa com amigos da escola, no caminho de volta pra casa;
daquela paquera - bem de longe - de colegas no colégio;
da satisfação ou medo no dia da entrega do boletim escolar;
da alegria da visita daqueles tios mais queridos.

Publicado na Revista Blumenau em cadernos - Tomo 55, nº1 Janeiro/Fevereiro/2014/Editora Cultura em movimento;páginas 92/97.
Arquivo: Adalberto Day/Texto:José Geraldo Reis Pfau- Publcitário /Adalberto Day cientista social e pesquisador da história

terça-feira, 6 de agosto de 2013

- Troca de Gibis

Uma breve História:
Quando o Cine Busch construiu seu prédio novo, por volta de 1939/1940, as sessões de cinema aconteceram excepcionalmente no Salão de Baile do Clube Náutico América, ao lado da Praça Hercílio Luz.
Quando as enchentes de 1983/1984 invadiram os Cines Busch e Blumenau (inclusive determinando o fechamento deste último), o Carlos Gomes promoveu sessões de cinema durante algum tempo. 
O primeiro cinema fixo de Santa Catarina foi o Busch , em 1904. Frederico Guilherme Busch Sênior  descendente de alemães de Santo Amaro da Imperatriz, veio para Blumenau e foi aqui que marcou sua presença como pioneiro em várias atividades, entre elas o cinema, que então engatinhava, utilizando o Salão Holetz para as exibições dos filmes mudos, ou as "cenas animadas", como se dizia então.
 
Cine Garcia
 Era um tempo em que a sociedade se encontrava no salão para assistir filmes que eram exibidos exclusivamente nas grandes capitais ... e em Blumenau !
Desde pequeno eu ouvia as narrativas de minha tia, pianista Antonietta Braga, que ficava ao lado da tela executando as músicas enquanto o filme mudo era projetado. Nas cenas românticas, o piano acompanhava com suavidade; se a ação era de suspense, os graves tomavam conta do ambiente.
Quer dizer, Blumenau tem muita tradição em cinema.
Praticamente a história do cinema é, também, a história dos cinemas de Blumenau !
Carlos Braga Mueller/escritor e jornalista
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Na nossa infância e adolescência pelos idos anos de 1960/1970, nossa alegria era ir ao Cinema aos domingos à tarde, na matiné das 13h30min, onde havia a troca de gibis no Cine Garcia, Busch , Blumenau, Mogk.
Sempre levava diversos gibis adultos e infantis. Guardei alguns  exemplares da época e apresento aos amigos.
Adalberto Day
Texto Carlos Braga Mueller/escritor e jornalista/Adalberto Day
Arquivo de Adalberto Day 

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