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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

- Um jornalista revolucionário

Eugen Fouquet interferiu na vida social e política catarinense nos primeiros anos do século XX.
A história do jornalista Eugen August Fouquet começa com o avô dele, um medico de renome que conseguiu fazer fortuna para si e seus descendentes. Fouquet nasceu no dia 3 de maio de 1866 numa pequena província da Pomerânia , na Alemanha, país escolhido por seus ancestrais há quase dois séculos. Depois da infância abastada, cursou o ginásio em Stettin, capital da província, e graças à boa situação financeira da família foi estudar Direito em grandes centros como, Tubinge e Berlim.
Impregnado pelos ideais socialistas fecundados por Karl Marx, Fouquet teve quase todas as oportunidades de emprego que lhe interessavam na terra natal fechadas, principalmente junto as repartições públicas, que mais almejava.
Veio ao Brasil em 1893 e acabou se estabelecendo em Blumenau. Cinco anos mais tarde assumiu a gerencia redatorial do jornal Der Urwaldsbote que, coincidentemente, lançava o primeiro exemplar no dia 16 de julho do ano em que Fouquet chegava à cidade.
O tom crítico da pena empunhada por Fouquet não passou despercebido.
A ela é creditada a derrota de Bonifácio Cunha na segunda campanha eleitoral do município. Em tom de vitória, o periódico publicou que a derrota foi “-flagorosa”.
Segundo o frei João Capistrano Binder, autor do ensaio Imprensa e Publicidade, Eugen Fouquet foi “sem dúvida, o mais competente e hábil jornalista, de quantos mourejaram na imprensa teuto-brasileira”. A fama de Fouquet não demorou muito para romper as fronteiras de Santa Catarina.Até de São Paulo, grande centro jornalístico da época, eram solicitados seus préstimos, principalmente para o jornal Germânia, um dos maiores de língua alemã editados na América Latina de então. A influência conquistada por Fouquet pode ser medida ainda pela lista PARTICULAR DE AMIGOS: Lauro Muller, ministro da Aviação; os governadores do Estado, Hercílio Luz e Felipe Schmidt; e os irmãos Konder, foi ainda vereador na gestão do prefeito Alwin Schrader, a quem ajudou a eleger, e secretário da Câmara de Vereadores por inúmeras oportunidades. Os feitos do jornalista não param de ser enaltecidos. O mesmo autor relata ainda que, graças ao brilhantismo de Fouquet, “desenvolveu seu jornal de tal forma que, de pequena folha em 1893, em 1929 superasse a todos os periódicos catarinenses de língua alemã, não apenas em numero de assinaturas, como também em forma e fundo”.
Ainda no jornal Der Urwaldsbote se notabilizou pelos artigos em defesa dos imigrantes alemães como ele, aos quais aconselhava se naturalizarem brasileiros. Assim, acreditava o jornalista, seria mais fácil criar agremiações e organismos com reconhecimento legal para fazer reivindicações junto aos governos estadual e federal. Fouquet morreu em Blumenau, depois de uma doença que o consumiu por 10 anos, no dia 9 de janeiro de 1937.
Suplemento do Jornal de Santa Catarina, sábado 2/setembro/2000 Volume 3 – Personagens, lugares e construções.
Foto: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva/Adalberto Day

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