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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

- Blumenau, dos natais que eu amo!

Destacamos em nosso espaço mais uma bela Crônica do escritor e jornalista Carlos Braga Mueller, hoje ele abre seu coração também para falar dos natais de sua infância.
Por Carlos Braga Mueller
Quando eu era criancinha, há muito, muito tempo atrás... eu acreditava em Papai Noel.
Todos os anos ele chegava no Natal, trazendo nas costas o grande saco, cheio de presentes.
E só as crianças obedientes e que tivessem passado de ano na escola seriam recompensados com presentes.
Mas o mais gostoso de tudo era o Dia de São Nicolau, 6 de dezembro. Na noite anterior as crianças colocavam um sapatinho na janela e no dia seguinte, pela manhã, oh surpresa! Lá estava uma lembrancinha, geralmente um papai Noel de chocolate.
Esta tradição blumenauense, que hoje se perdeu no tempo e no espaço, era legado dos nossos antepassados europeus: São Nicolau, o Nicolau, ou o brasileiríssimo Papai Noel, chegava mesmo era no seu dia, 6 de dezembro.
25 de dezembro era a hora de se reverenciar o nascimento do Menino-Deus no presépio !
Claro que, ao redor e em baixo do pinheirinho, lá estavam mais presentes e desta vez, maiores e mais atrativos. Eu não conseguia compreender como a data do nascimento de Cristo era 25 de dezembro e a gente enfeitava e acendia o pinheirinho um dia antes...
Mas a maior decepção da minha infância foi aquele natal em que resolvi me esconder atrás do piano da sala e ver como era esse Papai Noel que tantas fantasias criava na minha cabecinha de criança.
E foi então que eu vi: ao invés do bom velhinho, chegaram duas tias minhas e começaram a colocar os presentinhos em baixo da árvore. Engoli em seco. Devia ter meus 7 anos. A partir dali deixei de acreditar em Papai Noel.
Mas não deixei de amar estes tantos e tantos Natais que vivi até hoje. Mesmo com a desenfreada comercialização de presentes, mesmo com o esquecimento quase total das origens cristãs desta festa, o que importa é que a festa do Natal continua reunindo as famílias ao redor de um pinheirinho. E as pessoas até cantam "Noite Feliz", sinal de que nem tudo está perdido !
Antes de terminar esta crônica, quero fazer um registro especial: este ano tivemos a maior demonstração de que o Natal pode trazer muito mais fé e esperança para uma comunidade. A tragédia das enxurradas, dos deslizamentos, da enchente, fez com que os blumenauenses saíssem às ruas em um desfile natalino improvisado, de última hora, que comoveu todos os corações. Por alguns instantes, aquela passeata noturna pela Rua 15, embalada pelas canções natalinas, fez com que muitos esquecessem os morros deslizando, as casas ruindo, o futuro incerto pela frente... Um dia, quando a história registrar a tragédia como uma página virada das nossas vidas, irá registrar, também, a reação positiva dos blumenauenses, criando esta bela imagem de um Natal feliz e cristão para todos nós, neste dezembro de 2008 !
Arquivo de Luiz Eduardo Caminha/Adalberto Day

2 comentários:

  1. Adalberto,

    Teu Blog está cada dia melhor. A crônica do Braga é ótima. Consegue nos transportar à infância e termina num feliz "happy-end" tão propício para marcar toda esta solidariedade cristã motivada pelas tragédias e pela galhardia deste gente que honra e ama tudo o que faz, mesmo que seja limpar as quixas, feito lama, da natureza.

    Obrigado pela postagem de minha foto. Mas, para registrar, as fotos estão fantásticas. Aquela das capivaras então!!! Parece que ali estavam para fazer a companhia dos outros animais daquela gruta de Belém.

    Parabéns!!!

    Que todos tenhamos um abençoado e santo Natal sob os auspícios das luzes divinas.

    Caminha

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  2. Feliz Natal! Que a cidade seja reconstruída e continue encantando a todos!

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