“A Educação é a base de tudo, e a Cultura a base da Educação”

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terça-feira, 29 de abril de 2008

- A festa de Rei



A imagem de 1934 mostra a Sociedade de atiradores do Clube Garcia Jordão defronte a Casa Comercial de Hermann Schtleben. O local se localizava no Bairro Progresso em Blumenau, próximo à entrada do Jordão.

Publicado hoje (29/04/08) no Jornal de Santa Catarina- coluna Almanaque do Vale do jornalista Sérgio Antonello.
Arquivo Adalberto Day e Rudi Hort
História:
- Os SCHTZENVEREINE, como eram denominados em língua alemã as Sociedades de atiradores, são instituições muito antigas cujas origens são do velho mundo. Trazidas para o Vale do Itajái com a imigração Alemã, tiveram relevante papel na vida social, cultural e recreativa dos colonizadores e seus descendentes.

O porquê do nome Caça e Tiro Garcia-Jordão
Este nome foi devido a localização do Clube, que em sua fundação em 1880, até 1957 se localizava a direita do local conhecido como Jordão - e que em 1864 ali começava o Distrito do Jordão. Apesar de a Rua continuar a ser Rua Progresso.

Até abril de 1956 todo grande Garcia, era só um bairro, o bairro Garcia. A partir de 28 de abril de 1956, foram divididos em diversos bairros e este local é o bairro Progresso.
Como na época era Garcia, e a localidade da implantação do Clube Jordão, o nome escolhido foi Caça e Tiro Garcia-Jordão.
. Em 20 de julho de 1957 foi transferido para o atual local.

- Em 1859 a Colônia Blumenau tinha como a primeira forma recreativa uma sociedade de tiro: O SCHÜTZENVEREIN Blumenau. Com o decorrer dos anos novos clubes surgiram. Trinta anos haviam decorrido desde a fundação de Blumenau, quando ocorreu a fundação da quinta sociedade de tiro ao alvo no vale do Itajaí: SCHÜTZENVEREIN Garcia Jordan. Em 30 de maio de 1880, na região do alto Garcia se reuniram na casa de comércio do senhor Jacob Schmidt os colonos Karl Heringer, Eduardo Faht, Michels Dihnn, Ernest Schreiber, Karl Strutz e o carpinteiro Julius Schmidt para formarem as bases de uma sociedade de tiro. Combinados os objetivos da sociedade, esta passou a denomina-se SCHÜTZENVEREIN Garcia Jordan , a sociedade não possuía sede própria. As reuniões e os eventos sociais eram realizados no interior da casa comercial do senhor Jacob Schmidt, a quem ficavam os maiores lucros das festas. O local escolhido para a realização das competições ficava onde esta edificado o templo da Igreja Santa Isabel no inicio da entrada para o Jordão.
- O Clube Social Caça e Tiro Jordão foi fundado em 30 de maio de 1880.A atual sede foi inaugurada no dia 20 de julho de 1957 - se localiza na Rua Santa Maria,645 - bairro Progresso - Blumenau.
Arquivo de Dalva e Adalberto Day

segunda-feira, 28 de abril de 2008

- O Cinema em BLUMENAU


Mais uma vez a participação exclusiva do renomado escritor e jornalista Carlos Braga Mueller, que hoje nos presenteia com texto sobre Cinema.

A história do cinema no Brasil
A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu no dia 8 de julho de 1896, uma quarta-feira, em uma sala da Rua do Ouvidor, nº 57, que ficava ao lado da sede do “Jornal do Comércio”.
Um anúncio no jornal destacava:
OMNIÓGRAPHO com audição de PHONÓGRAPHO
“Todos os dias, a cada hora certa, desde as 11 horas da manhã até às 10 da noite, continuam as maravilhosas exibições de projeções a luz elétrica, de vistas animadas com tamanho natural, que têm provocado ultimamente em Paris e Europa inteira uma assombrosa admiração. Audição do Phonógrapho e Projeção Fixa nos intervalos.”
Os filmes eram mudos. E como o gramofone era novidade, nos intervalos os espectadores podiam ouvir música, saindo de um estranho aparelho. A primeira sala fixa no Brasil, embora não destinada exclusivamente a cinema, foi inaugurada em 31 de julho de 1897, também no Rio, na mesma Rua do Ouvidor, só que no número 141. Chamava-se ANIMATÓGRAPHO LUMIÉRE. Eram seus proprietários Pascoal Segreto e José Roberto Cunha Salles.
O Cinema em Blumenau

O cinema foi apresentado pela primeira vez em Blumenau no dia 21 de abril de 1900 pelo Sr. G. Koehler, no Teatro Frohsinn. O Frohsinn situava-se na Rua das Palmeiras, onde hoje está a Celesc.
Era o “Kinematografen”, que mostrava “fotos em movimento”, como dizia a propaganda.
Uma semana depois o mesmo espetáculo foi apresentado em Indaial, agenciado pelo Sr. Hake.
Em agosto de 1900 chegava a Blumenau o empresário Eduardo von Schulz, trazendo outra novidade. Era o “Kinematographen Apollo”, que também acabou sendo mostrado no Teatro Frohsinn. A exibição aconteceu no dia 11 de agosto daquele ano e o programa dividia-se em 3 partes: A primeira parte constava de sete cenas, entre elas um ballet com cinco irmãs, cavalos se banhando, o Imperador Guilherme II em Stettin, e outras, que arrancaram curiosas exclamações da platéia. Na segunda parte eram mais sete quadros, entre eles “Os rapazes maus”, “Pista Aquática”, “Rainha Vitória da Inglaterra assiste à parada”. Na terceira e última parte o destaque era para as “Vistas de Blumenau, Joinville e arredores”. E no final, havia danças para os presentes. Naqueles tempos, os empresários que promoviam as exibições compravam os projetores e também a máquina de filmar. Por isso, captavam as imagens, revelavam os celulóides e exibiam o trabalho nas concentrações.
O cinema começava, assim, a criar raízes na Blumenau alemã do início do século 20.
Cine Busch final déca.40 em construção.
(Autor desconhecido)
O Salão Holetz foi palco de muitas exibições a partir de 8 de março de 1906, dando origem ao Cine Busch, um dos mais antigos do Brasil, infelizmente já desativado. Em Blumenau funcionaram alguns cinemas. Além do Busch, o centro da cidade ganhou o Cine Blumenau nos anos 50. Nos bairros deixaram saudades o Cine Garcia (Rua Amazonas), o Mogk (Itoupava Norte), o Atlas (Vila Nova), o Cineclube Carlitos (Itoupava Seca). Depois vieram o Cinema do Carlos Gomes (Teatro Carlos Gomes) e o Carlitos (Rua Nereu Ramos). Nenhum resistiu aos novos tempos. E houve também, nos anos 30, 40 e 50 os tempos heróicos dos “ambulantes”, como Walter Mogk e José Julianelli que, carregando seus projetores em carroças ou “fordecos”, percorriam pequenas cidades do Vale do Itajaí levando até elas a magia do cinema. Hoje a situação é bem diferente. Funciona apenas um local dedicado ao cinema, um Multiplex no Shopping Neumarkt de Blumenau, com seis salas.
Nos nossos próximos comentários iremos discorrer um pouco sobre cada um destes cinemas.
Artigo: Carlos Braga Mueller/jornalista e escritor.
Arquivo: Dalva e Adalberto Day

sexta-feira, 25 de abril de 2008

- Hotel da Empresa Industrial Garcia


- Existia no final da Rua Amazonas, um entroncamento que dava acesso às ruas Progresso e Glória, através de uma pequena ponte sobre o Ribeirão Grevsmuhl . Um Hotel de propriedade da Empresa Industrial Garcia (mais ou menos 1900/1950), dirigido pelo Sr, Erwin Panoch, que também era motorista do Diretor da Empresa Industrial Garcia Sr. João Medeiros Júnior. Com o falecimento prematuro do Sr. Panoch em 1938, continuaram os trabalhos no hotel o Sr. Pedro Cândido. Mais tarde este local no final dos anos 50, passou a chamar-se Praça Getúlio Vargas até 1976, quando então foi aterrada e uma nova praça foi construída onde era a rua 12 de Outubro e atual terminal Garcia, com o mesmo nome. Abaixo a Rua da Glória - aos fundos o Hotel Garcia

Esse Hotel era de exclusividade para funcionários da Empresa Garcia, e também hospedagem a visitas, e outros. Sua capacidade era de 38 a 42 lugares, na parte de cima da edificação. Era um grande quarto coletivo. Na parte de baixo funcionava restaurante, salão e moradia aos que cuidavam de sua manutenção.
Também essa mesma indústria, possuía um outro Hotel na Rua Almirante Saldanha da Gama (Foto), com funcionamento entre 1946 até 1950, depois se incorporou em uma divisão das casas, junto as mais de 240 casas populares existentes, para abrigar funcionários da referida empresa, todas construídas em sua própria marcenaria pelos funcionários.
A empresa Artex S/A, também possuía durante as décadas compreendidas entre os anos 1945 até inicio dos anos de 1960, um pequeno hotel para seus funcionários, que se localizava na subida de sua ex cantina, atual sede do Distrito do Garcia.
Arquivo/Adalberto Day

quarta-feira, 23 de abril de 2008

- Hermann Wendeburg


Casa em que Hermann Wendeburg residiu de 1858 até 1881, até o seu falecimento. Alameda Duque de Caxias, 78 – Centro - Blumenau.
- Esta casa é um referencial da história administrativa da Colônia Blumenau. Na sala principal dessa casa foram tomadas muitas decisões administrativas importantes. Datada de 1858, é a mais antiga de Blumenau. Aos fundos desta residência, morou Dr. Blumenau em uma casa de madeira que foi destruída pela enchente de 1880.
Os dois amigos: Hermann Blumenau x Hermann Wendeburg
Hoje quero prestar uma justa homenagem a uma personalidade, um tanto esquecida no contexto geral de Blumenau, mas de um valor significativo para toda comunidade blumenauense. Morador próximo onde existe uma Rua que leva o seu nome no Bairro Progresso, sempre tive a curiosidade de saber qual sua participação no desenvolvimento da colônia Blumenau. Quando estava professor, fazia o aluno conhecer primeiro sua Rua, o porquê do nome, para depois ensinar sobre o Bairro, cidade, Município, Estado e federação. Encontrei até dificuldades para obter fotos, que são raríssimas.
- Dr. Hermann Blumenau foi para a Alemanha em 28/03/1865 e casou-se com Berta Luiza Repsold em abril de 1867, retornou á Blumenau em 1869. Durante a sua ausência, que foi de quatro anos, a colônia prosseguiu no seu ritmo normal. Hermann Wendeburg, que imigrara em 1853, era natural da Alemanha, imediatamente após a sua chegada ao estabelecimento, o Dr. Blumenau o nomeara seu “secretário-tesoureiro” Guarda-livros . Nesse posto, permaneceu até a sua morte em 1881.
- Nasceu a 02 de fevereiro de 1826 em Foerste bei Hildesheim (Alemanha) e faleceu em Blumenau às 03 horas da tarde de 13 de janeiro de 1881. Foi Wendeburg quem, em 1865, organizou o Batalhão de Voluntários da Pátria que se destinava à Guerra do Paraguai, e em reconhecimento pelos serviços prestados no recrutamento o Império do Brazil recebeu, na pessoa do Imperador D. Pedro II, a concessão da condecoração da “Ordem da Rosa” (Y)
- Homem inteligente e de relativa cultura, foi escravo do trabalho e do dever. Honesto, digno, produtivo e laborioso, foi colaborador dos mais eficientes do Dr. Blumenau, que o teve sempre na mais alta conta,votando-lhe grande estima e respeito. Diferente no temperamento, Hermann Wendeburg era mais acessível e amável do que o Dr. Blumenau, cujo caráter austero e franco, quase sempre estava mal humorado muitas vezes, o fizera entrar em choque com os colonos. Os Colonos, por isso mesmo, entendiam-se melhor com Wendeburg. Por essa razão, os negócios administrativos da Colônia, sem sofrer solução de continuidade, prosseguiram sem grandes problemas.
Hermann Wendeburg
Foto: AHJFS enviada por Sylvio Zimmermann Neto
História:
- Esta área está inserida no centro histórico da cidade, pois se encontrava num dos primeiros lotes coloniais do Stadtplatz (centro da colônia). Coube à municipalidade, em contrapartida, a conservação e preservação desta área. Com o falecimento de Edith Gaertner em 1967, o imóvel foi incorporado à Fundação Casa Dr. Blumenau, criando-se uma casa-museu, a qual foi denominada “Museu da Família Colonial”. Incorporados a este patrimônio, estão o Horto Edith Gaertner, a Biblioteca Pública Municipal Dr. Fritz Mueller, o Arquivo Histórico Prof. José Ferreira da Silva, o Museu da Família Colonial.
 O complexo museulógico compreende três casas-museu.
O Museu da Família Colonial foi aberto ao público em 1967. Ele tem exercido as funções de guardar e preservar a cultura material de diversas famílias, que moraram em Blumenau ao longo de sua história, interagindo com a comunidade.
Uma delas, construída em 1864, em verdadeiro estilo enxaimel serviu de residência ao comerciante e cônsul da Alemanha em Blumenau, Victor Gaertner e família. Sua esposa Rose Gaertner foi a fundadora do teatro em nossa cidade. A segunda casa, datada de 1858, é atualmente a mais antiga residência existente no Vale do Itajaí e serviu de residência ao imigrante alemão Hermann Wendeburg, que era secretário e guarda-livros do fundador da Colônia. Ali se encontram móveis e objetos dos primeiros moradores. A terceira casa museu foi construída no No início da década de 1900 em estilo germânico e serviu de morada para da família Gaertner. Com o falecimento de Hermann Wendeburg, sua casa foi adquirida pelo imigrante Paulo Schwartzer. Anos depois foi herdada pela filha Edith Schwartzer, a qual era casada com o Otto Rohkohl, cônsul da Alemanha em Blumenau (1919-1939). A última herdeira, Renate Rohkohl Dietrich, ciente da importância deste patrimônio para a história da cidade, doou este patrimônio à municipalidade em 1964 (Registro no 2º Tabelião de Notas, Livro 130, fls.144/145V), com usufruto. Foi tombada a nível estadual como Patrimônio Histórico através da Lei 1.294 de 29 de outubro de 1996. Localização: Alameda Duque de Caxias, 78 – Centro. Fonte: Historia de Blumenau. José Ferreira da Silva 2ª Edição - 1988
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WENDEBURG, Hermann, 31 anos, de Förste, filho de Wilhelm Wendeburg e Elise n. Hölmann, casou aos 08.11.1857 com Jenny Herbst, 22 anos, de Goldberg, filha de August Herbst e Auguste n. Rössel. Testemunhas: ? Hermann faleceu aos 13.01.1881.
Filhos:
F. Paul Eberhard Hermann Wendeburg * 17.02.1857
F. Clara Auguste Wilhelmine Wendeburg * 03.04.1860
F. Edith Julie Emmy Wendeburg * 02.08.1863
F. Anna Eugenie Alma Wendeburg * 05.03.1867
F. Hermann Oswald Wilhelm Wendeburg * 31.07.1870
Ele foi Cavaleiro da Ordem da Rosa.
A filha Clara casou com Joaquim José de Souza Filho, filho de Joaquim José de Souza Corcoroca e Angélica de Souza Corcoroca. Era juiz comissário em Joinville. Em agosto de 1877 morreu afogado ao atravessar um trecho alagado da Estrada em Itajaí, tendo o cavalo em que montava tropicado e caído. Foi empregado da Agência de Terras e Colonização.
O padrinho de batismo de um dos filhos foi um Eberhard Wendeburg – um irmão ?
Seu pai foi o primeiro diretor da Colônia Santa Teresa. VER – dados a seu respeito em “Reisen durch Sud-Amerika” de J. J. von Tschudi, vol. 3, pág. 407. Fazia parte da Comissão de engenheiros. Veio para Blumenau em Março de 1875. A estação de Blumenau foi inaugurada em 9 de julho de 1890. O primeiro agente telegrafista foi João Corcoroca (filho da Clara?).
- Fundação Casa Dr. Blumenau/Arquivo Histórico José Ferreira da Silva/Memorialista Niels Deeke/Marcos Schroeder/Adalberto Day

domingo, 20 de abril de 2008

- Associação METAJUHA


A imagem mostra a reinauguração da sede da METAJUHA - Prefeito João Paulo Kleinubing, Presidente da Câmara de vereadores José Luiz Gaspar Clerici, Ademir Gonçalves e o presidente da METAJUHA Vandré Koepsel.
Sábado dia 19 de abril de 2008, foi reinaugurada a sede da Associação de Moradores das Ruas Emilio Tallmann, Júlio Heiden e Arredores da Associação Artex (METAJUHA). Local antiga da JUAL na Rua Hermann Wendeburg,370 – Bairro Progresso – Blumenau. Na oportunidade o prefeito de Blumenau João Paulo Kleinubing, o presidente da Câmara de vereadores José Luiz Gaspar Clerici, e o Presidente da Associação de Moradores Vandré Koepsel, entregaram a nova cancha de bocha, e ampliação da sede a comunidade. A subvenção de 5 mil reais, foi indicação do vereador José Luiz Gaspar Clerici, acatadas pelos demais vereadores, e prefeito. Também se fez presente o vereador Vanderlei Paulo de Oliveira.
Sede da Associação da Associação de moradores das Ruas Emilio Tallmann, Júlio Heiden e arredores da Associação Artex (METAJUHA)
História: - A METAJUHA foi fundada em 04 de setembro de 1988. O primeiro encontro foi no dia três de agosto de 1988, na cancha de bocha do Sr. João Reichert, na Rua Emilio Tallmann. Do primeiro contato com os moradores foram escolhidos os representantes que se reuniram no dia 06 de agosto na Associação Artex para formarem a primeira diretoria. Definidos os nomes para a composição da primeira diretoria, foi marcado para o dia 04 de setembro de 1988, a assembléia geral , para a aprovação dos estatutos e diretoria. Os 57 moradores que compareceram, aprovaram por unanimidade os estatutos e a diretoria. Principais conquistas da entidade: Abertura e pavimentação das Ruas Emilio Tallmann, Júlio Heiden, e corredor de ônibus. Várias transversais também foram pavimentadas.
- Sede da METAJUHA, Melhoria na Iluminação pública, Ponte no final da Rua Júlio Heiden, Melhoria na sonorização do som da Associação Artex, Clube de mães, Ambulatório Geral do Garcia (em obras).
Arquivo: Dalva e Adalberto Day cientista social e um dos fundadores da METAJUHA.

sábado, 19 de abril de 2008

- Dia do Índio e Nasce o Exército Brasileiro


- Hoje, 19 de Abril Dia do Índio, faço uma homenagem as festas populares em nosso bairro. As imagens mostram um desfile de 1968, de funcionários da Empresa Industrial Garcia fantasiados de indígenas, e uma representação dos teares rudimentares. Logo após era comum uma apresentação teatral.
- Eram promovidas pela Empresa Garcia todos os anos festas juninas, magnificamente dirigidas pelos funcionários e apoio da Empresa. Minhas recordações são as mais diversas, fogueiras, pipocas, corujas, brincadeiras, pescarias, roda da fortuna e tantas outras atrações, era genial. A festa do centenário da Empresa Garcia em 1968 foi emocionante, com shows de artistas de TV de todo o Brasil, tais como Golias, Ivon Cury e outros.
- O dia do trabalhador não era diferente, festa com teatros e desfiles pelas ruas Gloria e Amazonas, festas representativas de índios, sorteios da tão sonhada bicicleta e outras premiações, culminando com um jogo do time anilado ou Alvi-celeste o Grande Amazonas. Tudo com apoio da diretoria da Empresa, e supervisionado pelo Gerente de Pessoal Dr. Nelson Salles de Oliveira ,e sempre à frente desses trabalhos o Sr. Jose Pêra que era motorista dos diretores e treinador do Amazonas. Temos a convicção que como participante e atuante dessas festividades, os eventos se tornaram para a comunidade do Garcia um cantinho de saudades que nos parece cada vez mais forte e evidente em nossa memória.
Eram constantes nas décadas de 50 e 60 esses tipos de festas. O local das apresentações era o Estádio do Amazonas, no Bairro Garcia. Boa parte da comunidade blumenauense prestigiava o evento.
19 de abril de 1648 - Batalha do Guararapes.Nasce o Exército Brasileiro.

Nesta data de 19 de abril comemora-se o Dia do Exército Brasileiro, cuja origem remonta ao século XVII, mais precisamente ao ano de 1648, quando houve reação às tropas estrangeiras que haviam se fixado em terras da região Nordeste do Brasil. A riqueza representada pela produção açucareira daquela porção do território nacional motivou a cobiça das potências navais da época, culminando com a invasão do espaço físico brasileiro e a ocupação, desde 1630, de considerável extensão territorial de terras pernambucanas.
O sentimento nacionalista mobilizou homens e mulheres e uniu índios, brancos, negros trazidos do continente africano e mestiços, com objetivo de expulsar os invasores. A fraternidade racial e cultural do povo brasileiro aflorou naquela ocasião, unindo nossa gente pela coragem, bravura e disposição de reagir e defender o chão que sabiam ser seu. Houve duas Batalhas que determinaram o fim do domínio holandês no Nordeste brasileiro, travadas, a 19/04/1648 e 18/02/1649, no Monte Guararapes, localizado no Estado de Pernambuco, no povoado de Prazeres, atualmente um bairro do município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.
Nesse contexto, em 19 de abril de 1648, iniciaram-se os combates que passaram à história como as Batalhas dos Guararapes, onde o povo brasileiro em armas derrotou o inimigo experiente, dando origem à instituição do Exército Brasileiro. A união das raças, o emprego de técnicas militares inovadoras, a demonstração de criatividade, o sentimento patriótico e os valores morais que nortearam os combatentes de então podem ser observados, na atualidade, como fatores motivadores dos integrantes do Exército. Ao longo da sua história, o Exército serviu permanentemente à nação, contribuindo para a unidade nacional, a pacificação e a manutenção da integridade territorial do nosso país.
(Foto: Arquivo Dalva e Adalberto Day

terça-feira, 15 de abril de 2008

- Palmeiras Esporte Clube


Foto do Palmeiras Esporte Clube de Blumenau, em 1971. Em pé, da esquerda para a direita, aparecem os jogadores Coral, Jorge, Brito, Kruger, Parobé e Gonzaga. Agachados, Tarcisio, Gauchinho, Chiquinho, Arnaldo e Luís Carlos.
Publicado no Jornal de Santa Catarina - coluna Almanaque do Vale do Jornalista - Sérgio Antonello - 15/04/2008/Arquivo de Adalberto Day e Tarcisio Torres.
– A imagem mostra o Time do Palmeiras de 1971 de Blumenau – Em pé Brito, Parobé, Duia, Jorge, Adão, Sérgio, Gonzaga, Mauro, Tarcísio, Coral e Chico Sâmara. Foto tirada no estádio Aderbal Ramos da Silva, o velho DEBA como era conhecido, apelido dado por Rodolfo Sestrem.

- Parobé e Pelé :

- João Mallmann, o Parobé ex-jogador do SC Corinthians Paulista., EC Juventude, San Lorenzo da Argentina, Comerciário de Criciúma e Palmeiras EC de Blumenau . João Mallmann, natural de Parobé faleceu no dia 17 de outubro de 2011,  aos 72 anos, em Alvorada na grande Porto Alegre, onde residia.
Na foto: Em pé (?) Milsei, Aloísio, Daniel, Nelson Coruja, Mane, Gonçalves, Técnico Major Mauricio Cardoso e outro militar não identificado.
Agachados: Bataglia, Pelé, Parada, Lorico e Parobé, jogadores profissionais na época em que serviam a Escola Militar. Parobé foi um craque. Encerrou sua carreira no Palmeiras EC de Blumenau
- Eu tinha um amigo de nome Oldimar Mohr, que era Palmeiras apaixonado e fã do Parobé, fazia tanta festa após uma vitória de seu clube querido, que todos já sabiam o resultado quando do seu retorno para casa. Além disso, era Flamenguista, e o barulho aumentava. Por essas razões, recebeu o apelido carinhoso de Parobé, todos assim o conheciam, até seu falecimento prematuro aos 57 anos de idade.

História:
Fundado em 1919 com o nome de Brasil Football Club, mudou em 1936 para Recreativo Brasil Esporte Clube e após a 2ª Guerra, passando a se chamar Palmeiras Esporte Clube. Em 1980 passou a ter o nome de Blumenau Esporte Clube .
Arquivo Adalberto Day / Edemar Annusecke/Tarcisio Torres

domingo, 13 de abril de 2008

- Auto Viação Catarinense e sua história




- A Empresa de ônibus Auto Viação Catarinense Ltda, a mais antiga empresa de transporte de passageiros no Brasil – A mais antiga no ramo do Brasil, e fundada em Blumenau, onde sua sede permaneceu até 2001, vindo a transferir-se para Florianópolis.
História
De todos os registros legais relativos a companhias de transporte rodoviário de passageiros no Brasil, o mais antigo, feito em 1928, se refere à “Empreza Auto Aviação Hahn, Hass & Darius”, embrião da atual Auto Viação Catarinense. Portanto, a tradicional companhia de Santa Catarina é a mais antiga do Brasil.

Desde o momento em que criaram sua empresa de ônibus, Theodor Darius, imigrante alemão, João Hahn, imiigrante Húngaro, e Adolfo Hass brasileiro, estabeleceram, embora não formalmente, uma regra fundamental de comportamento para sua atuação. Eles diziam: “O importante são as pessoas”. Contudo, mesmo com muito esforço, não dá para imaginar como se processavam, naquela época, os primeiros serviços oferecidos pela Hahn, Hass & Darius. O que dá para saber, e ficou documentado, é que sua primeira linha foi entre as cidades catarinenses de Blumenau e Florianópolis, passando por Itajaí e Tijucas. A primeira jardineira – um auto-ônibus Rugby 6 cilindros – foi preservada. Depois de cuidadoso trabalho de restauração, faz parte, hoje, do acervo histórico da Catarinense.

No principio, eram feitas apenas duas viagens por semana, porque os 160 quilômetros de estradas entre as duas cidades eram todos de terra e quase intransitáveis. Ficavam ainda piores quando chovia. Partia-se de Blumenau às quartas e sextas feiras, sempre às 8 horas da manhã, mas não havia horário certo para a chegada à capital do Estado. De Florianópolis, as viagens eram iniciadas as quartas e sábados, às 9 horas.
- O inicio das atividades da empresa revolucionou o transporte na região. Até então, a ligação mais rápida e confortável entre Blumenau e Florianópolis era feita por automóvel de aluguel. Pagavam-se 200 mil reis, o que quer dizer que só as pessoas abastadas podiam fazer a viagem. Já a tarifa cobrada desde o inicio pela nova empresa era de 30 mil reis, e os donos do serviço ainda deixavam alguma margem para negociação.
Diante do visível sucesso do negocio, aconteceram duas coisas. Primeiro, a agencia bancaria local logo ofereceu credito para que os sócios comprassem o segundo ônibus. Foi iniciada então uma nova linha, entre Blumenau e Porto Alegre, com percurso mais previsível: não havia poeira, mas muita umidade, e a viagem só podiam ser feitas com a maré baixa, já que a pista era a areia das praias. E, segundo, apareceram concorrentes. Na época, não havia nenhuma regulamentação ou sistema de concessão, de modo que a posse das linhas somente podia ser mantida à custa de muita garra e bons serviços.
“Começou então uma luta renhida. Mas como nos mantivemos corretos e pontuais nos nossos compromissos, vencemos após alguns anos”, escreveria o alemão Theodor Darius em 1933.
A foto é sensacional e mostra a pequena “Jardineira” que foi o ponto inicial desses 80 anos ao lado dos modernos ônibus.
CATARINENSE
- Não se sabe exatamente quando a sociedade assumiu a denominação de Auto Viação Catarinense, mas há um documento segundo o qual, no dia 18 de fevereiro de 1933, a Junta Comercial de Santa Catarina acolheu e registrou a transformação da empresa em sociedade por cotas de responsabilidade limitada. A essa altura, ela já completará cinco anos de atividades e contava, além dos três diretores, com 17 funcionários e frota de 11 ônibus. Era a única a percorrer todas as principais rodovias de Santa Catarina.
Em setembro de 1937, ela foi transformada em sociedade anônima, com capital nominal de 700 contos de réis.
- No inicio da Segunda Guerra Mundial, período em que o governo brasileiro fez violentas pressões para que imigrantes alemães, italianos e japoneses se desfizessem de seus negócios e propriedades, o controle acionário da empresa foi transferido para um grupo de empresários de Brusque, Santa Catarina, o qual esteve à frente dos negócios até 1963. Nesse ano, alguns empresários de Curitiba assumiram o comando da Catarinense, mas no fim da década de 1960 a maioria do capital voltou às mãos de outro grupo de Blumenau, liderado por Oswaldo Friedler e Lourival Friedler.

- Imagem da Festa da passagem dos 80 anos de fundação da Auto Viação Catarinense realizada na Alameda Casa Rosa . A esquerda: Debora Urias de Sousa Vieira e Eng° Fábio Antunes Vieira ,ao centro: Lenivaldo Rodrigues Leal e Irani Duarte Leal, a direita :Kátia Góes Cavalcanti de Vasconcelos e Dr. Antonio Fernando de Vasconcellos .
- Ao longo dos seus 80 anos de atividades, a Catarinense sempre se empenhou na construção de uma marca de qualidade, ancorada na prestação de serviços de alto nível, na idoneidade e, acima de tudo, no respeito ao usuário. Hoje, suas linhas se cruzam em todo o Estado de Santa Catarina e chegam ao Paraná, a São Paulo e ao Paraguai. Mensalmente, são transportados mais de 600 mil passageiros. Aqueles 17 empregados contados em 1933 deram lugar ao quadro atual, de mais de 1.200 funcionários.
Fotos arquivo: Revista Abrati 12/2007 nº 51 - Auto Viação Catarinense, Theodor Darius / Lenivaldo Rodrigues Leal/Dalva e Adalberto Day

sexta-feira, 11 de abril de 2008

- Bairro Itoupava Norte


- O bairro situa-se na região Norte do município, na margem esquerda do rio Itajaí-Açú e foi criado em 28 de abril de 1956, pela Lei no 717, na administração de Frederico Guilherme Busch Junior.
O nome “Itoupava” é de origem Guarani (Itupaba), dialeto Tupi moderno que significa “pequeno salto”, “corredeira”.
No mapa da Colônia Blumenau, de 1864, constava uma parte da rua 2 de Setembro, que partia da balsa (próximo da atual ponte Irineu Bronhausen) e seguia em direção ao Badenfurt e Itoupava Central. Posteriormente, outro caminho, margeando o rio, ligava à Ponta Aguda. A denominação oficial da Rua 2 de Setembro se deu com a Lei no 370, de 28 de agosto de 1952. A primeira pavimentação aconteceu durante a gestão do prefeito Carlos Curt Zadrozny (1966 - 1970). Com a criação do Sistema Anel Viário Norte, pelo prefeito Félix C. Theiss (1973-1977) grande parte da rua foi alargada e calçada, sendo posteriormente asfaltada numa largura de 14 metros. O Anel Viário Norte estabeleceu uma ligação direta entre a BR 470 e a Rodovia Jorge Lacerda. A partir deste momento o bairro teve intenso desenvolvimento. As ruas 25 de Agosto, 25 de Julho e 1o de Janeiro receberam a denominação oficial em 28 de agosto de 1952. O Serviço Autônomo de Terminais Rodoviários - SETERB - foi criado em 30 de março de 1979, passando a funcionar, posteriormente, junto a Estação Rodoviária.
No dia 4 de fevereiro de 1980, Blumenau ganha o moderno Terminal Rodoviário Prefeito Hercílio Deeke, reduzindo o número de ônibus que circulavam no bairro Centro, onde se localizava a antiga rodoviária (rua 7 de Setembro esquina com rua Padre Jacobs).
A ponte do Tamarindo, no dia 6 de fevereiro de 1996, quando em construção, por razões técnicas até então desconhecidas, desabou, sendo que esta possuía cerca de 60 metros de comprimento por 20 m de largura (4 pistas), pesando aproximadamente 2 mil toneladas. A ponte deverá ligar o bairro Itoupava Norte à Itoupava Seca, estando como uma das ligações, entre Corredores de Serviços, mais importantes da cidade de Blumenau.
Na área cultural aparece a Sociedade Thalia, fundada em 27 de outubro de 1875, que posteriormente mudou seu nome para Sociedade Frohsinn e mais tarde para Einigkeit - União que deixou de existir.
- O América Futebol Clube fundado em 09 de fevereiro de 1929, jogava numa área da Comunidade Escolar de Itoupava Norte. Em 1943 recebeu a denominação de Guarani Esporte Clube. No local onde havia a balsa que ligava as Itoupavas Norte e Seca se situava o Cine Mogk que era um centro cultural do bairro.
A balsa foi desativada com a construção da ponte Irineu Bornhausen, que foi inaugurada em 1953.
A Sociedade Duque de Caxias foi criada em 1945 e posteriormente desaparece.
A Sociedade Esportiva Caça e Tiro Itoupava Norte foi criada em 2 de julho de 1952.
O Clube de Caça e Tiro Tell foi criado em 1952, estando, atualmente, com suas atividades quase paralisadas e com poucos sócios.
Arquivo : Adalberto Day
Fonte: Prefeitura municipal de Blumenau/ SEPLAN Secretaria Municipal de Planejamento Urbano. Guia de Santa Catarina – Blumenau Online e Adalberto Day

quarta-feira, 9 de abril de 2008

- Hotel Oásis de Pomerode

Foto : O Hotel Oásis funcionou entre1945 e 1965. - Novamente temos o privilegio de poder contar com a participação do escritor e jornalista Carlos Braga Mueller. Hoje Braga nos relata um pouco dos mistérios – sobre as lendas do famoso Hotel Oásis de Pomerode. Em breve Bettina Riffel, jornalista atualmente na Alemanha lançará um Livro sobre o Hotel Oásis.
Por Carlos Braga Mueller
- Alguém já ouviu falar ou se lembra do Hotel Oásis de Pomerode ?
Pois antigamente, há uns 50, 60 anos, ele era famoso. Sua existência, o que ele representou para toda uma geração, e o final melancólico acabaram por tornar o Oásis mais uma lenda de Blumenau.
Naquele tempo Pomerode chamava-se Rio do Testo e era distrito de Blumenau. A localidade só passou a município no dia 29 de janeiro de 1959.
Os antecedentes

Um dia resolveu deixar a profissão de curandeiro e partiu para a construção do hotel dos seus sonhos, o “Oásis”. Mas não era um simples hotel, não. O Oásis era na verdade um hotel-cassino, no estilo do famoso “Quitandinha” de Petrópolis, no Rio, inspirado também no célebre Cassino da Urca.
Isto bastou para que a fama de Gehrmann e do seu cassino corressem o Brasil.
E as lendas dizem que então começaram a chegar muitos hóspedes, turistas em busca de aventuras nas mesas de bacará e nas roletas.
O luxo e a ostentação
Hermann Gehrmann tinha muito bom gosto e copiava no que podia o luxo e as excentridades do Quitandinha, do Copacabana Pálace, do Cassino da Urca. E não media os gastos.
Quando o presidente Eurico Gaspar Dutra proibiu o jogo no Brasil, a fama do hotel já estava consolidada.
Longe de ser um local mal visto, o Oásis passou a ser referência para a sociedade catarinense e as festas dos ricaços daqueles tempos, ali realizadas, marcaram época.
Em meio a todo este fausto, o proprietário contratava as mais famosas orquestras para abrilhantar os eventos.
As grandes orquestras brasileiras e inclusive a “Cassino de Sevilha” da Espanha, lá estiveram. As decorações eram no estilo de Hollywwod.
Quando faltavam condimentos especiais ou estes acabavam durante as festas, Gehrmann mandava uma condução de madrugada a Blumenau, que voltava trazendo as especiarias compradas nas fiambrerias blumenauenses.
Mas como todo poço, este também tinha um fundo. E daqui a pouco o dinheiro começou a faltar.
E a descida levou ao fundo do poço. Com as amizades que tinha o ex-curandeiro conseguia tomar emprestado algum dinheiro, que ia pagando como podia. Contam alguns amigos que ele não perdia a calma.
Um dia o hotel teve que fechar as portas. Seu proprietário foi viver sozinho em um pequeno quarto e testemunhas relatam que ali só tinha a cama e um pequeno caixote de madeira, que servia como mesa.
Neste cenário Hermann ficava horas e horas conversando com os poucos amigos que lhe sobraram, revivendo os dias de glória e ostentação.
História :
O nome Pomerode* está ligado a origem de seus fundadores, imigrantes vindos da Pomerânia (Pommernland), norte da Alemanha. O nome deriva da junção do radical Pommern e do verbo rodern, verbo alemão que significa tirar os tocos, tornar a terra apta para o cultivo. O início da colonização de Pomerode remonta ao ano de 1861, quando os primeiros imigrantes, liderados pelo colonizador Hackbarth, decidiram subir um afluente do Rio Itajaí-Açú, a partir da região onde hoje se localiza o bairro Badenfurt. Eram abertas picadas ao longo do curso do rio, que foi chamado Rio do Testo.
A colonização da área foi uma estratégia para fortalecer o comércio entre a Colônia de Dona Francisca (atual região de Joinville) e a Colônia de Blumenau, lote a qual as terras de Pomerode eram integradas. As divisões das Colônias eram definidas pela Campanha Colonizadora do Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau, fundador da cidade de Blumenau.
Os primeiros imigrantes de Pomerode se estabeleceram ao longo do Rio do Testo pelo sistema de minifúndios (pequenas fazendas), onde eram cultivados arroz, fumo, batata, mandioca, cana de açúcar, milho e feijão. O colono também se dedicava à criação de gado leiteiro e suíno, cujas matrizes vieram da Europa. As primeiras edificações eram rústicas construções de pau a pique, cobertas com folhas de palmeiras. Em 1870, a primeira escola Alemã foi instalada no bairro Testo Central (atual Escola Básica Municipal Olavo Bilac).
Até a virada do século 20, Pomerode era uma colônia voltada apenas para agricultura e pecuária de subsistência, com pequenos pontos comerciais nas áreas centrais da colônia. Com a mudança de século, pequenas empresas familiares de laticínios, frios, móveis e cerâmica deram início à industrialização do município. Anos mais tarde, a indústria da porcelana se tornou uma das mais importantes para a economia local. Hoje, a cidade é considerada um forte pólo têxtil e metal-mecânico.
Desmembrada de Blumenau em janeiro de 1959, Pomerode mantém até hoje o fascínio de uma pequena comunidade com a forte influência alemã em seus costumes.
*Lê-se “Pômerôde” Carlos Braga Mueller/jornalista e escritor.
Arquivo : Dalva e Adalberto Day
- Contribuição da foto do Hotel Oásis: Bettina Riffel.
Não se sabe ao certo quando o alemão Hermann Gehrmann chegou a Rio do Testo, terra colonizada pelos pomeranos. Mas foi por volta dos anos 30, 40, que este cidadão começou a praticar o curandeirismo. Receitava suas “garrafadas” e aos poucos, com o passar dos anos, foi amealhando uma fortuna. Vinha gente de longe para se consultar com ele.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

- Garcia x Hering


- Hoje vou comentar sobre uma polêmica, que se arrasta por muitos anos entre os historiadores e pesquisadores, a primeira indústria Têxtil de Blumenau. Desde garoto ouvia minha avó que nasceu em 1901, dizer que a primeira indústria têxtil de Blumenau foi a “Empresa” nome como era conhecida a E.I. Garcia – já interessado em história, fazia várias perguntas á ela. Ela dizia que ouvia seu pai falar de uma indústria que começou por volta de 1868 com o nome de Grevsmuhl, (Johann Heinrich Grevsmuh),que era morador desde 1860 da região do final da Rua Amazonas, ele o meu Bisavô trabalhou por volta de 1885, quando o nome da empresa já era “Tecidos Roeder”. Esses dados são da história oral, pois quando a Empresa Garcia foi absorvida pela Artex em 1974, os poucos documentos existentes, desapareceram outros foram queimados na caldeira da empresa. Sou sabedor desse fato, pois trabalhava em Recursos Humanos desta empresa, e não foram só documentos, fotos principalmente. Em minhas pesquisas outros ex funcionários afirmaram este fato lamentável, inclusive, três me doaram fotos, que havia levadas para casa.

Empresa Industrial Garcia em 1885 e Cia. Hering em 1950.
- Faço este relato, pois um dia fui questionado por um aluno, que não sabia da existência sequer da empresa ARTEX, imagina da GARCIA. Como esconder os embriões de uma bela história, a semente plantada desde 1868... como esquecer, a Artex fundada em 1936, pelo Brusquense? (Não Polonês da cidade de Lódz)  Theophilo Bernardo Zadrozny e que teve a participação de três empregados da Empresa Industrial Garcia (Otto Huber. Max Rudolf Wuensch , Albert Hiemisch )?. . – A Coteminas hoje detentora destas duas empresas, só existe porque existiu um começo, e este começo não pode ser esquecido. É no mínimo insensato negar tais fatos, e jogar fora toda uma história de sucesso de uma comunidade que foi a primeira a se organizar, antes mesmo de Dr. Blumenau chegar à colônia.
História
A primeira indústria que se instalou no bairro Garcia e mais antiga de Blumenau, foi a Ex-Empresa Industrial Garcia em 1868, na Rua Amazonas nº 4906 – CGC – 82.647.298, fundada por Johann Heinrich Grevsmuh ,August Sandner, Johann Gauche, associaram-se com um tecelão, conhecido como Lipmann (já possuía teares desde 1865) que ajudou a montar alguns teares e deram impulso na primeira indústria têxtil de Blumenau, com o nome de: “Johann Henirich Grevsmuhl & Cia.”. (Confirmado no documentário do Centenário da CIA Hering em 1980, e no livro Colonização e Industria no Vale do Itajaí ¨O modelo catarinense de desenvolvimento – de autoria Maria Luiza Renaux Hering; 1987 e No livro As Raízes da Industrialização, grupos empresarias catarinenses – origem e evolução, págs. 90,91 – de autoria Ady Vieira Filho;-Florianopolis,1986 -Ed.do autor).
Nomes do que seria a Empresa Industrial Garcia: -1868 “Johann Henirich Grevsmuhl & Cia.”.

-1883 “Tecelagem de Tecidos Roeder”,
-1906 “Probst & Sachtleben”.
-1913 “Empresa Industrial Garcia & Probst”.
- 1918 “Empresa Industrial Garcia S/A”.
- 1974 incorporada pela Artex.(15.02.1974).
- A Cia Hering foi fundada em 1880, por Hermann e Bruno Hering (Hering os dois peixinhos), uma empresa sólida que hoje ainda mantém uma estrutura invejável, um orgulho dos Blumenauenses. Seu primeiro local de funcionamento foi na Rua XV de novembro onde hoje é a Lojas Hering – Schopping “H”.
Texto: Adalberto Day/Cientista Social e pesquisador da história.
Fotos:Livro Centenário de Blumenau 1950 e Reprodução das medalhas Dalva e Adalberto Day

sexta-feira, 4 de abril de 2008

- Morre Arlindo Eing


A imagem de 1961 - mostra Arlindo marcando o gol de cabeça na vitória do Amazonas, sobre o Olímpico, por 1x0 no estádio da Baixada em Blumenau.
- Morreu nesta sexta feira 04 de abril 2008 , o ex atleta do Grêmio Esportivo Olímpico, e do Amazonas Esporte Clube de Blumenau, Arlindo Eing aos 73 anos de idade. Arlindo nasceu em São Ludgero - SC. em 12 de abril de 1934. Internado em Itajái, faleceu as 00:20 desta sexta feira, de câncer. O enterro será neste sábado as 9:00 horas em São Ludgero.
A imagem de setembro de 2005, mostra Arlindo Eing sentado e ao lado em pé Célio Corsini, Meyer e Nino, companheiros de clube, na mostra sobre o Grande Garcia.
- No Amazonas do Bairro Garcia, atuou de 1955 até 1964. Jogador de estatura alta,elegante,categoria refinada, começou a carreira como meio campista e depois quarto zagueiro. Trabalhou na Empresa industrial Garcia, por mais de duas décadas. Possuía uma propriedade no Bairro Garcia, mas já havia retornado a Braço do Norte por volta de 1975. Aposentado, tinha como hobby principal a criação de faisões e canários-lady. Casado com Dona Elza, possuía dois filhos: Denise e Clovis.
Arlindo Eing, morou na Rua Almirante Saldanha da Gama por alguns anos, no bairro Glória em Blumenau.
Arlindo além de jogador de futebol, foi atleta de Voley e trouxe o futebol de salão para o Amazonas.
Seu desaparecimento deixa enlutada toda comunidade Garciense, principalmente os apaixonados pelo clube Alviceleste o Glorioso Amazonas.
Arquivo Adalberto Day

quinta-feira, 3 de abril de 2008

- Rua XV de Novembro em Blumenau


A imagem mostra a bela Rua XV de Novembro em Blumenau, em primeiro plano por volta de 1898 e a direita 2008.
- A origem da rua XV de Novembro nasceu da história da procura de uma vaca perdida no mato, onde os colonos abriram uma picada, bastante tortuosa. Com o uso freqüente desta picada, a população apelidou-a de Bratwursttrasse (Rua da Lingüiça) devido ser estreita e sinuosidade. Em 1890 recebeu a denominação de rua XV de Novembro, pela recente Proclamação da República.
- Em 1902 foi alterado o seu primeiro traçado. Foi a primeira Rua a receber pavimentação com paralelepípedos a partir de 1929 em Santa Catarina. Sua reurbanização atual foi entregue a população pela passagem do sesquicentenário em 2000.
História:
Blumenau foi fundada em 02 de setembro de 1850 pelo alemão Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau - O poder público adotou esta data a partir de 02 de setembro de 1900, por ser a data em que chegaram os primeiros 17 imigrantes. Até então a data considerada de fundação era 28 de agosto de 1852, data em que Dr. Blumenau entregou os primeiros lotes na Região Sul (Garcia) em Blumenau.
- Inicialmente o centro da cidade era onde hoje se localiza a Avenida Duque de Caxias (Rua das Palmeiras), arquivo histórico José Ferreira da Silva, a Biblioteca Pública Municipal Dr. Fritz Mueller e o museu da Família Colonial entregue a comunidade em 02 de setembro de 1950.
A primeira Rua em Blumenau surgiu em 1852, com o nome de Palmenalle , onde foi construído o primeiro hotel, de alvenaria. Num dos quartos o Dr. Blumenau instalou a direção da Colônia.
A Rua Palmenalle mudou seu nome para Boulevard Wendeburg em 3 de fevereiro de 1883, depois para alameda Dr. Blumenau e em 8 de abril de 1939, para alameda Duque de Caxias através do Decreto-Lei nº. 68 de 18 de agosto 1942, na administração de Afonso Rabe. O Decreto-Lei nº. 1.202, que se referia sobre a nacionalização dos nomes de ruas, determinava que as ruas com nomes estrangeiros fossem alterados e colocados nomes nacionais. A povoação compreendia o início do Garcia, e parte da rua XV de Novembro.
Fonte: Prefeitura municipal de Blumenau/ SEPLAN Secretaria Municipal de Planejamento Urbano. Arquivo: Dalva e Adalberto Day

terça-feira, 1 de abril de 2008

- Fogo na Prefeitura de Blumenau


- Foi na noite do dia 8 de novembro de 1958, que um clarão visível a longa distância, por volta das 22:00 horas assustou os blumenauenses. As labaredas que se projetaram de fogo, para o alto, destruíram a parte da prefeitura em que funcionava o Fórum da comarca de Blumenau. Todo arquivo e grande parte da documentação são consumidos pelas chamas que também destroem a valiosa biblioteca que pertencera ao juiz Drº Amadeu da Luz. A ação rápida do corpo de bombeiros da Empresa Industrial Garcia, da fábrica de Gaitas Alfredo Hering S.A. e da Casa Hoepcke S.A. e o 23º Regimento de Infantaria,Impedem que as chamas se propaguem por todo o prédio, salvo assim, a sede do paço municipal. O incêndio concretizou duas iniciativas positivas para Blumenau: A guarnição dos bombeiros da cidade concretizada no mesmo ano – e o projeto de construção de um novo prédio para a prefeitura que seria inaugurada em 1982, como também uma reforma concluída em 2001 da antiga prefeitura.
Foto do dia 09 de novembro/1958 um dia após o incêndio -
Foto enviada por Marlene Hüskes/Antigamente em Blumenau Acervo Oscar Handke
- A imagem mostra a guarninação do Corpo de Bombeiros da Empresa Industrial Garcia, que auxiliou no combate as chamas.
- Segundo relatos daquele dia, as pessoas comentavam em tom irônico: “Agora que queimou minha certidão de casamento, estou livre novamente”; “Me livrei das dívidas e delitos”. Ninguém ficou ferido no incêndio, até por ser um sábado a noite. O incêndio teria começado na parte do prédio que hoje corresponde ao mausoléu da família colonial, mas as causas até hoje são um mistério. Existe suposições como um curto-circuito, incêndio criminoso para eliminar documentos importantes e a quem atribui a uma singela cafeteira.
A imagem mostra a reforma feita na antiga prefeitura de Blumenau (hoje fundação cultural de Blumenau), entregue a comunidade dia 08 de novembro de 2001, 43 anos depois do incêndio de 1958.
História:

- O edifício que abrigou a antiga prefeitura do município reflete, com suas ampliações e destinações, um pouco da trajetória da cidade. Por trás do prédio localizado no início da Rua XV de Novembro, e que já abrigou os poderes Executivo e Judiciário de Blumenau, esconde-se um modelo original construído em 1875, além das marcas deixadas pelas reformas de 1918, 1939 e pelo incêndio de 1958.
O primeiro prédio foi construído pelo fundador da colônia, Doutor Blumenau e projetado pelo arquiteto Heinrich Krohberger, projetista principal da colônia, que, entre outras importantes obras, desenhou a Igreja Evangélica Centro.
A imagem mostra a fase final de conclusão da nova Prefeitura de Blumenau, entregue a comunidade em 02 de setembro de 1982.
Arquivo: ACIB – 90 anos de memória/Jornal de Santa Catarina 08 de novembro de 2001/Adalberto Day

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